Povoamento
A Capitania de Santana surgiu no ano de 1534, quando as terras brasileiras foram divididas em capitanias. Os padres missionários Antônio Araújo e Pedro da Mota, chegaram a Imbituba em 1622, com o objetivo de catequizar os índios Carijós, 122 anos após o descobrimento do Brasil, fixando-se onde hoje está o Santuário de Santa Ana, em Vila nova.
Os padres permaneceram em Vila Nova até 1624, quando seguiram para a região de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, por ordem de seus superiores.
A incursão dos missionários em Vila Nova, não foi das mais felizes, tendo em vista as dificuldades criadas por parte de alguns homens, de espírito aventureiro, que não desejavam ver os índios catequizados.
Assim, os padres abandonaram a missão, em apenas dois anos.
Os índios Carijós que habitavam a região litorânea de Vila nova e Laguna moravam em choças de palha e obedeciam cegamente ao chefe da tribo, tal qual a cultura indígena da época.
Os sambaquis existentes na região de Roça Grande e Barbacena comprovam a proliferação indígena na região de Imbituba. Cerca de seis famílias, oriundas de Laguna, trazendo um reduzido número de escravos, em 1675, cinquenta e três anos após a incursão missionária, se fixaram em Vila Nova, construíram alguns casebres, porém sem maior desenvolvimento. Desbravaram algumas áreas e iniciaram o plantio de cereais, sem conseguirem, no entanto, a formação de um povoado, espalhando-se em Vila Nova, Imbituba e Mirim.
O início do povoamento de Imbituba se deu, praticamente, no ano de 1715, com a chegada do Capitão Manoel Gonçalves de Aguiar, quando, por determinação do Governador do Rio de Janeiro, realizava viagem de inspeção às colônias do sul do Brasil, ocasião em que verificou se tratar de uma região promissora, no setor da pesca.
Os colonizadores que iniciaram o povoamento em 1715, vieram de São Vicente e faziam parte da expedição vicentista que se descolara, na época, para o Sul do Brasil, O Capitão Manoel Gonçalves de Aguiar, em seu relatório ao Governador, terminada a inspeção, disse do desenvolvimento que alcançava a colonização em Imbituba, e recomendou a implantação de uma armação destinada à pesca da baleia, o que se tornaria realidade em 1796.
A proteção ao carvão e a ampliação do porto
Em 9 de junho de 1931, o Presidente da República, pelo Decreto nº 20.089, determinou o aproveitamento ou consumo obrigatório de 10% de carvão nacional, em relação à tonelagem importada, abrindo mais perspectivas ao produto catarinense, assegurando-lhe, pela primeira vez, mercado consumidor certo e defendendo-o, assim, parcialmente, da concorrência do carvão importado com câmbio especial, dadas as dificuldades que o Governo Federal passou a enfrentar pela falta de combustível.
Nessas condições, tornou-se evidente a necessidade de um escoadouro, por onde pudesse o carvão nacional atingir o mercado consumidor.
Diante disso, Henrique Lage resolveu dar início, com recursos próprios, à execução das obras que considerava essencial, começando a construção da proteção ao primeiro trecho de cais, com a extensão de 100 metros. Nove anos após, nova legislação em favor do carvão nacional, reanimou Henrique Lage. O Decreto-Lei nº 2667, de 3 de outubro de 1940, que “dispõe sobre o melhor aproveitamento do carvão nacional”, entre outras medidas, elevou para 20% a taxa de consumo obrigatório de carvão brasileiro. Quanto ao porto, o art. 3º, letra “f”, do referido Decreto Lei, estabeleceu o aparelhamento do Porto de Imbituba, mediante concessão para sua construção e exploração.
Baleias em Imbituba
A Armação para a pesca da baleia foi fundada em 1796 e extinta em 1829. Imbituba passou a chamar-se "Armação de Imbituba". A pesca da baleia contribuiu para o surgimento da cidade de Imbituba. De acordo com dados históricos, alguns anos após a fundação de Laguna, em 1676, devem ter se fixado em seu território, os primeiros habitantes atraídos pela pesca.
Em setembro de 1998, após uma campanha popular liderada pelo Projeto Baleia Franca e empresários locais, a Prefeitura Municipal de Imbituba decretou o Tombamento Histórico do sitio do Barracão da Baleia, e Lei Municipal posterior, que transferiu o sitio ao Projeto com vistas à sua restauração.
Com a ajuda da comunidade e dos antigos caçadores que participaram das atividades de captura e processamento das baleias, o Barracão da baleia foi reconstruído e hoje é o local do Museu da Baleia, primeiro da América do Sul a reunir informações sobre a saga das baleias, sua matança e luta pela sua preservação. Imbituba situa-se no coração da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, criada por Decreto Federal em setembro de 2000, e que se destina a assegurar a adequada tranquilidade para as baleias francas que fazem da costa centro-sul de Santa Catarina o seu berçário, harmonizando as atividades humanas com as necessidades de proteção ambiental.
O Município, que participou ativamente da campanha para a criação desse santuário, cedeu ao IBAMA a estrutura necessária para sediar aqui a Gerencia da APA da Baleia Franca, contribuindo, assim, para sua efetiva implantação pelo Governo Federal. Além das baleias, a APA da Baleia Franca deve proteger uma parcela expressiva dos ambientes naturais costeiros que fazem de Imbituba um dos mais belos municípios da costa do Brasil.
Hoje as baleias visitam o município de junho a novembro, propiciando o turismo de observação de baleias.
Emancipação de Imbituba
Em 1923, Imbituba obteve sua primeira emancipação político-administrativa, cujo prefeito, então chamado de superintendente municipal, foi Álvaro Monteiro de Barros Catão. O primeiro prefeito eleito ficou no poder até 1930, quando o município foi extinto pelo governador provisório do sul de Santa Catarina. A segunda emancipação ocorreu somente em 21 de junho de 1958, sendo eleito como prefeito Walter Amadei Silva.
Da criação à emancipação de Imbituba
O Município foi criado pela Lei nº 1451, de 30 de agosto de 1923, e instalado em 1 de janeiro de 1924. O primeiro prefeito de Imbituba foi o engenheiro Álvaro Monteiro de Barros Catão, tendo Úgero Pittigliani como vice-prefeito. Em 6 de outubro de 1930, pelo Decreto nº 1 do Governador Provisório do Sul do Estado, coronel Fontoura Borges do Amaral, Imbituba teve suprimida sua autonomia como município.
Em outubro de 1949 a Assembléia Legislativa do Estado mudou o nome "Imbituba" para "Henrique Lage", sendo que em 6 de outubro de 1959, através de Projeto de Lei de autoria do então Deputado Ruy Hülse, que transformou-se na Lei nº 446/59, "Henrique Lage" passou a denominar-se novamente "Imbituba".
Em 21 de junho de 1958, pela Lei Estadual nº 348/58, ocorreu a segunda emancipação de Imbituba, então denominada Henrique Lage. O município foi instalado em 5 de agosto de 1958, tendo como Prefeito Provisório o sr. Walter Amadei Silva.